21 de jun. de 2011

Categorias de Base de um Clube Formador.


Este é o principal foco nessa futura reestruturação do clube, a revelação de jogadores é a principal fonte de renda de um clube de futebol de pequeno e médio porte, é daqui que virá o retorno dos investidores; como mesmo o nome diz, é a base de tudo, deve existir um trabalho consistente e transparente para gerar frutos em médio e longo prazo, é necessário pessoal especializado para qualificar esses jovens futuros profissionais.

Um planejamento em conjunto com todas as diretorias do clube é necessário, analisando as condições de infra-estrutura desejada, incluindo os profissionais e materiais de trabalho, e previsão orçamentária, aliadas ao profissionalismo e credibilidade das pessoas envolvidas neste planejamento. Não podemos analisar a formação na questão somente para o futebol profissional, devemos entender que a própria categoria de base pode ser fonte de receita. Estabelecer metas para vendas e promoções dos atletas; possuir um grande número de atletas da casa no time principal é fundamental, e um contato entre os jogadores da base com o time profissional; ter atenção e formar uma proteção contra possíveis agentes e atravessadores de jogadores que podem acabar interferindo diretamente no patrimônio do clube que são seus atletas; prestar esclarecimentos e assistência jurídica aos jogadores, mostrando clareza na elaboração de contrato profissional ou de aprendizado. É normal, principalmente em clubes grandes a preocupação com resultados imediatos, deixando em segundo plano uma estratégia de longo prazo junto das categorias de base.

Na questão dos profissionais a serem contratados serão necessários técnicos, coordenadores, preparadores físicos, auxiliares, olheiros, fisiologistas, massagistas, preparador de goleiros e roupeiros. É imprescindível um acompanhamento médico, odontológico, nutricional, fisioterapêutico e psicológico destes atletas, ajudando de todas as formas para um retorno profissional e pessoal, principalmente uma ajuda na educação do atleta, buscando parcerias com instituições de ensinos para o desenvolvimento intelectual dos mesmos, incluindo aulas de idiomas para que se venha a acontecer uma negociação internacional, este atleta tenha uma adaptação tranquila; mecanismos de verificação dos resultados gerados por eles nos treinamentos e nos jogos das categorias, além de indicadores de resultados do próprio departamento de base.

A categoria de base deve iniciar com um trabalho com jogadores do pré-infantil com 12 anos em diante, com o infantil(sub-15), juvenil(sub-17) e juniores(sub-20); para seguir de acordo com novas legislações é necessária a comprovação de gastos específicos na formação de cada jogador, deve existir uma preocupação para o crescimento psicológico, físico, tático e técnico de cada atleta, além de estruturar tudo, existindo uma boa comunicação até com a própria família para uma co-gestão em sua educação. Outros pontos de necessidade e obrigatoriedade estão na disponibilização de meios de transportes, alimentação e alojamentos com boas condições, também é importante parcerias com fundações municipais da região para indicar futuras promessas para testes a serem realizados pelo clube, além dessas peneiras que devem ser feitas periodicamente com avaliação da comissão técnica, elaborando um bom modo para efetuar esse processo seletivo, uma ótima alternativa é buscar parcerias com os clubes amadores de bairros e cidades da região e escolinhas de futebol.

Na questão tática e técnica é importante trabalhar com o atleta várias situações de jogos, com treinadores atualizados com os novos meios de trabalho, alinhar suas habilidades com as variações táticas possíveis no futebol, não esquecendo a versatilidade exigida nos jogadores atuais e analisar as posições carentes do nosso futebol e do elenco profissional para estimular atletas a trabalharem esta parte.
O acompanhamento físico segue com a mesma importância, sempre trabalhando preservando a saúde e sua forma natural de desenvolvimento, aplicar um sistema de preparação física específica para cada jogador analisando suas características e necessidades.

Voltando a uma questão burocrática; é importante oferecer contrato profissional aos maiores de 16 anos e de aprendizagem aos menores, entrando nesses vínculos as porcentagens de direitos econômicos de cada Sócio-investidor, ou condomínio de investimento que ajudarão na formação do atleta e serão abordados futuramente.
Outra contextualização jurídica a ser tratada em um próximo momento é em relação aos direitos e deveres que existem na relação de clube formador e atleta, e analisar o recente e justo protecionismo a esses clubes, regulamentado na nova alteração da Lei Pelé, 12.395/11, e estes serão os assuntos dos próximos posts. Fiquem ligados!

Eô Eô Atlético!

Volta Atlético!

3 comentários: